ÀS VEZes PARa SE TEr ASas... De Edson Ecks

ÀS VEZes PARa SE TEr ASas...


No crepúsculo da tarde uma bela jovem havia ido ao lago, que ficava próximo da sua casa para banhar-se.  Voltava, então, do seu banho natural vestida com um belo e longo vestido azul marinho escuro, corpo esbelto e cabelos longos e negros, negros como a noite mais escura. Vinha ela andando pelo caminho quando avistou a sua direita, um clarão que a impressionou demasiadamente. Apesar do medo ela foi adentrando o mato, em direção ao clarão. Quanto mais se aproximava, mais rápidas eram as batidas de seu coração. O clarão já diminuíra um pouco. Ela afastava o mato com as mãos até conseguir avistar a origem daquela claridade, que a seduziu.


 Foi quando ela deparou-se com uma cena que jamais havia visto e nunca mais voltou a ver: havia um homem, pelo menos ela pensou que seria, mas era algo além.  O mato havia arqueado  em torno de um homem que brilhava, mas havia uma asa em seu lado direito. No lado esquerdo havia um osso que brotava pela omoplata daquele ser magnífico. Ele fincava suas mãos na terra e olhava para o céu, baixava a cabeça várias vezes, como se sentisse muita, muita dor. Depois cruzou os braços, e ficou de joelhos e cabeça baixada.
Cada vez mais o osso emergia da sua costa, ao mesmo tempo em que sangrava, começava a criar penugem naquela estrutura, enquanto a asa direita se debatia. Aquela bela e jovem moça estava tão extasiada. Que não sentia medo.

Quando a asa esquerda se formou, ele bateu as duas asas. Quando esse ser fantástico ergueu o pé esquerdo saindo da posição de joelhos, puxou a outra perna e se levantou. Abriu as asas, e sentiu a presença da jovem e olhou para ela. A jovem estremeceu, olhos arregalados, pele pálida. Ouviu, então, uma voz grave quase ensurdecedora:
“Mortal, hoje tu participaste de um evento raro. Poucos mortais ao longo da história da tua espécie tiveram a glória de presenciar: que para se ter asas, é preciso sangrar.”


O anjo começou a bater as asas, que produziam um vento intenso, que envolvia todo espaço ao redor. O mato, os galhos das árvores, e os cabelos da bela moça que ficaram em alvoroço. O anjo olhou para o céu, deu uma batida de asas, que o ergueu do chão. Deu mais uma e depois outra, quando voou em linha reta indo em direção ao céu estrelado, numa noite de luar que, de tão claro, parecia dia. Aquela jovem acompanhou tudo. Seus olhos tremiam tamanho o seu fascínio.
Esse evento, que durou cerca de três horas, passou-se para a moça como se tivesse transcorrido em apenas um minuto, tamanha havia sido a sua intensidade. Os seus pais, já bastante preocupados, mandaram os seus irmãos, com o auxílio dos vizinhos, irem procurá-la.


Primeiro procuraram ao derredor, depois se lembraram de continuar a busca no lago. Saíram gritando pelo caminho, iluminado por suas lanternas. Passados os acontecimentos extraordinários, a jovem retornou para o caminho, sendo encontrada por seus irmãos. “Irmã, o que aconteceu, estás tão pálida!” disse um dos irmãos passando a mão no rosto dela, que parecia feito de cera. “Nossos pais estão muito preocupados contigo!” E assim, levaram-na para casa, onde se restabeleceu a tranquilidade, e foram dormir. Mas ela não conseguiu, sua mente havia ficado confusa. Ela havia perdido a noção, já não sabia se estava acordada ou se estava dormindo. Se o que ela havia presenciada foi uma experiência real, ou se havia sido apenas um sonho.

Durante a semana posterior àqueles acontecimentos, a jovem ficou dispersa, o que levou a sua mãe a lhe chamar a atenção: “Desde a semana passada, quando tu sumiste, parece que vives num outro mundo.” “Pelo contrário, mãe”, respondeu, “eu não vivo em outro mundo, mas eu sei que existe outro mundo!” “Claro! Isso eu também sei, é o mundo de Deus! Chega de jogar conversa fora, vamos trabalhar!” disse sua mãe apressadamente. Mas aquela frase, aquela frase: Para se ter asas, é preciso sangrar. Para se ter asas é preciso sangrar’. Não lhe saia da cabeça.


Quando seu pai faleceu, num acidente com o seu cavalo, esta filha sofreu tal qual uma viúva desamparada. Seu pai não era apenas seu esteio emocional, mas também o pilar daquela casa. Só a sua presença já a confortava, mesmo nos momentos mais difíceis, o que agora não teria mais, nunca mais. Ela chorou e lamentou muito. Agora as coisas iam pesar. Seus irmãos foram tentar a vida na capital. E ela ficou com o irmão caçula e a sua mãe, já um pouco envelhecida e doente. Ela se via então com uma grande responsabilidade para uma jovem de apenas 20 anos.
Um dia olhou para sua mãe, e seu irmão falando veementemente: “Eu juro, eu juro que vamos sair dessa situação. Nem que eu tenho que mover céus e terra!” E lembrou-se daquele dia e das palavras do anjo, sentindo-se confortada.


Seu pai deixara para a família uma fazenda de porte médio. Ela não deve dúvidas: “É o que tenho, é o que eu vou usar!” Ela então, começou a plantar com seu irmão caçula. Depois contratou um ajudante, depois mais um, três, quatro... Chegou a cem. A fazendinha “O Encontro com o Anjo” prosperou.
Um dia ela se apaixonou por um dos seus funcionários, um homem dissimulado, e que agredia sua antiga parceira, conseguindo enganar a jovem durante algum tempo. Mas com o passar dos anos as máscaras começaram a cair. A jovem já tinha trinta anos. Começou pelas agressões verbais. Até que um dia ele chegou em casa irritado, começou uma discussão banal, até que num momento de fúria ilógica, ele pegou uma tesoura que estava em cima do criado mudo, e lançou na direção da mulher, acertando-a em seu ombro esquerdo, abrindo um corte que começou a sangrar.
Ela não teve medo. Sentiu ódio e ameaçou: “Dou-te duas alternativas: primeira - pega as tuas coisas e vais embora agora; segunda - chamarei as autoridades, ficarás preso e vais embora do mesmo jeito, mas pela força”. Ela disse aquilo com tamanha firmeza que não restou alternativa ao homem que não fosse ir embora naquele instante. Levantou-se e foi. Dizem alguns, foi morto em uma briga de bar, anos depois desse terrível acontecimento.

No momento da partida dele, ela ferida e calejada pela vida, segurava seu braço ferido, enquanto ainda sangrava e pensava com pesar: “É isso, é isso... é preciso sangrar, é preciso sangrar, é preciso sangrar muito!”

Não muito tempo depois, sua querida mãe faleceu de doente,  seus irmãos retornaram para a fazenda, agora mais frutífera, maior. Seus irmãos e sobrinhos tiveram então uma vida abundante. Ela se casou novamente, agora com um grande homem, que a amava e a respeitava, afinal ela era uma pessoa apaixonante. Essa relação era baseada no princípio que: Sem cumplicidade não há relação que dure.
Mas nada, nada a deixava mais feliz, fortalecida, do que aquele encontro com o anjo. Aqueles momentos valeram por toda a sua vida. Ela viveu por muitos e muitos anos. E nos seus últimos momentos de vida, enquanto os médicos faziam de tudo para salva-la, ela, olhando para o teto, começou pronunciar estas palavras: “Desde aquele dia até hoje eu te espero. Eu vivi para este momento”. A equipe médica parou por um segundo. A cena era intrigante.
O médico ‘despertou’, e agiu: “Vamos pessoal, rápido, rápido, ela já está delirando.” Ela então esticou o braço direito como se quisesse pegar na mão, ou no rosto de alguém, lagrimando e sorrindo, e esticando cada vez mais a mão em direção ao teto, continuou falando:


“Vieste me buscar, sei que foi o Grande X, que ti mandou. Esperei muito, muito tempo por esse momento, minha vida inteira...  Mas...  como você disse-me, ser magnífico: Para se ter asas... Para... se ter asas... para... se ter asas...é preciso... sangrar...








(The text is in English and Portuguese)

The works exhibited here are derived from decades of efforts, sacrifices, aiming at a broadening of philosophical and scientific mechanisms (Sciensophy), in Art, music ... for the individual and collective.

Edson Ecks does not belong to any specific ideology, so he can analyze and critique any system, looking for the 'X', the unknown of the equation, in each of the appraised. One day Edson Ecks, belonging to some group, he will leave of being 'Ecks' (X), and will become just 'Edson', for as he himself says, "I am only the mind that walks, and that sometimes flies."

Our life is an eternal 'contribute and reciprocate, reciprocate, contribute', because no one lives for himself: One human being makes the other exist. I don't believe in bureaucracies, I believe in people, so they can believe me, knowing that: the word convinces, but only the drag example.

May your conscience be your guide, for 'Everything has its price, its value', if you want to 'give back to contribute', with the work presented here, you can do it for this data.


Bradesco - Agency 1364 (Brazil)

Account 0039879-9

Edson Veiga


We still have a lot to do in the technology field, investing in new standards for social networking, and internet visual audio.

Among the things I can mention now, I will talk about the H (iper) I (interactivity) system, it is not something new, but it has its variants, through company X, we will create the apparatus H (ologram) M (last dimensional): the reason for this device is to 'break' the distance between people, among other factors, imagine the scene:

A relative of mine is in a hospital bed, a friend ... but only I'm in another state, so HM, at the time of the visit, will make me there in front of you, at the time of the visit. , in real size, there in front of this person talking, laughing, crying, telling stories, walking around, then the visiting time ends, the nurse comes and says 'Your Ecks, the viewing time is over', I say goodbye and I leave. This will greatly reduce the distance and loneliness between people.


(O texto está em Inglês e em Português)

Os trabalhos aqui expostos são derivados de décadas de esforços, sacrifícios, visando um ampliamento dos mecanismos filosóficos e científicos (Ciensofia), na Arte, música... para o individual e coletivo.

Edson Ecks, não pertence a nenhuma ideologia especifica, logo, pode analisar e criticar qualquer sistema, buscando o 'X', a incógnita da equação, em cada um dos avaliados.Um dia em que Edson Ecks, pertencer a algum grupo, ele deixará de ser 'Ecks' (X), e se tornará apenas o 'Edson', pois como ele mesmo diz: "Sou apenas a mente que anda, e que às vezes voa".

Nossa vida é um eterno 'contribuir e retribuir, retribuir, contribuir', porque ninguém vive por si mesmo: Um ser humano faz o outro existir. Não acredito em burocracias, acredito nas pessoas, para que elas possam acreditarem em mim, sabendo que: a palavra convence, mas só o exemplo arrastar. 

Que tua consciência seja teu guia, pois 'Tudo têm seu preço, o seu valor', se quiseres 'retribuir para contribuir', com o trabalho aqui apresentado, poderás faze-lo por estes dados.


Bradesco - Agencia 1364    (Brazil)

Conta 0039879-9

Edson Veiga


Ainda temos muito o que fazer, nas áreas da tecnologia, investir em novos padrões para as redes sociais, e áudio visual da internet.

Entre as coisas que posso citar agora, falarei do sistema H (iper) I(nteratividade), não é algo novo, mas tem suas variantes, através da empresa X, criaremos o aparelho H(olograma) M(ultidimensional): a razão desse aparelho é 'acabar' com a distancia entre as pessoas, entre outros fatores, imagine a cena:

Um parente meu está num leito de um hospital, um amigo..., mas só que estou em um outro estado, então o HM, na hora da visita, fará com que eu esteja ali em sua frente, na 'hora da visita', em tamanho real,ali na frente dessa pessoa conversando, rindo, chorando, contando historias, andando em sua volta, ai termina o horário de visita, a enfermeira vem e diz 'Seu Ecks, o horário de vista terminou', me despeço e saio. Isso vai diminuir bastante a distancia, e a solidão entre as pessoas.


Criar uma editora similar a 'Marvel', 'Dc Comics', trabalhos para o cinema, teatro, literatura e música, muita música...



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